Paternidade, matrimônio e família
Algumas coisas na vida, temos
certeza a respeito de nossas competências. Sou um cara de qualidades e
defeitos. Quando somos crianças nos perguntam o que queremos ser quando
crescer. Muitas profissões passaram pela minha cabeça, mas uma coisa eu sempre
tive certeza: sempre desejei muito ser pai.
Isso pode ser engraçado, eu
sei... o que não sei é explicar... talvez por ser até hoje meio criança. É
possível ter relação com meus pais, que sempre foram para mim referência amorosa
do que é ter e educar um filho... por acreditar que permaneço vivo em meus
filhos, por dar continuidade em uma história... por desejar, por eles, ser
melhor como pessoa, como cidadão... por ser do signo de câncer (risos)... por
acreditar ser, meus filhos, presentes maravilhosos de Deus.
A paternidade é,
inexplicavelmente, algo sublime, sobrenatural... por nossos filhos somos
capazes de tudo e, de fato, descobrimos isso depois que eles chegam. Descobrimos
sensações muito legais: lindas, engraçadas, sublimes... coisas que nunca
pensamos sentir ou fazer. Descobrimos o verdadeiro amor incondicional. Também
descobrimos o que é ter medo de verdade, angústia e fé. Sou capaz de apostar
que um ateu volta seu pensamento a Deus com um filho em apuros (Deus nos
livre!!!). Até hoje acho muito estranho existir pessoas que não querem
filhos... Acho q ue são seres
esquisitos (risos).
Agora, o mais divertido, para mim
hoje, é pensar a diferença entre ser pai de MENINA e de MENINO. E aqui cheguei ao
ponto que quero detalhar. Até hoje fui pai de MENINA. Minha primeira filha Anna
Sayuri me apresentou esse mundo novo e para ela vale um momento no texto.
Sayuri, minha primogênita, me
tornou pai. Com ela descobri o que é amar um filho. A planejar um nascimento,
uma família. Em sua chegada, nasceu um pai. Seu primeiro choro foi minha
primeira angústia, sua primeira doença foi meu primeiro medo verdadeiro, suas
primeiras conquistas foram meus primeiros sentimentos de orgulho... Foi ela que
me ensinou a pensar em um quarto cor de rosa, que me ensinou a desembaraçar um
cabelo e fazer uma trança – de raiz... risos –, que me ensinou que é legal
brincar de boneca, de casinha e de princesas. Anna Sayuri é a criança mais doce
que conheço.
Paula Ayumi minha caçulinha é meu
pequeno furacão. Sua personalidade é completamente diferente da irmã e é uma
delícia ver as duas juntas. O amor entre elas é lindo e que Deus conserve
(risos).
Paulinha é uma figurinha.
Espoleta, não para quieta, sobe em tudo, é curiosa e esperta. Ensinou que o
segundo filho é muito mais fácil. Tem um humor peculiar e é grudada na Flávia.
Confesso que tenho ciúmes, mas sei que é temporário. Em breve, como toda a menina,
vai se derreter pelo papai (risos). A Paulinha é uma festa e chegou para
preencher um espaço que é só dela: tornar nossa vida mais alegre com suas
gracinhas. Paula Ayumi me mostrou que é verdade quando falam que não existe
diferença no amor pelos filhos. Ela é a bebê mais gostosa que conheço e será
para sempre minha FILHA caçula.
Agora tudo ficou diferente. Está
a caminho MEU caçula. Pedro Hissato, meu menino tão desejado está a caminho.
Sem planejamento e já fazendo confusão Hissato chegará entre o Natal e o Ano
Novo. Pensar em um menino é muito legal. E a ideia da “novidade” é divertida.
Como será que ele vai ser? Vai ser mais agitado? Mais tranquilo? Como será sua
relação com as irmãs? Como será conosco? Estou ansioso em comprar carrinhos,
dinossauros, monstros... (risoa). Estou ansioso com a novidade. Estou ansioso
em relação aos próximos meses.
Ter minha família completa me faz
pensar o quanto sou feliz e abençoado. Ter a Flávia ao meu lado me faz crer o
quão sortudo sou pela mulher maravilhosa que tenho e quanto nosso amor cresce todos
os dias. Nossa rotina não é diferente de outras casas normais... não acho que
somos a “família Doriana”. Temos nossos momentos de cansaço, estresse com o
trabalho, com dinheiro, com posições diferentes... temos personalidades muito
diferentes e, ao mesmo tempo gostamos quase sempre das mesmas coisas. O
importante é que, acima de tudo, nos amamos muito e nos respeitamos. Isso torna
nosso matrimônio forte, saudável e base para a felicidade que conquistamos
todos os dias nas pequenas e grandes coisas.
Esse texto reflexivo, meio “ideias
soltas” a respeito daquilo que é mais caro, mais precioso para mim, me faz
pensar que tenho muito que agradecer. Como já disse, sou plenamente feliz. Amo
muito e sou muito amado. Obrigado Deus pela Família que tenho! Obrigado Flávia
pelo seu amor e pelos filhos que me deu! Obrigado filhos, Anna Sayuri, Paula
Ayumi e Pedro Hissato, pelos filhos maravilhosos que vocês já são!